Bauru não foi feita para pedalar

Ciclistas sofrem com a falta de espaço destinado às bicicletas


Ciclorrota na Rua Aviador Gomes Ribeiro. Os ciclistas devem dividir a rua com os automóveis. (Foto: Beatriz Bethlem)  

De acordo com a revista Exame, Bauru é a 12º melhor cidade para se morar no Brasil. Ela apresenta, porém, uma grande falha no quesito qualidade de vida: a inexistência de ciclovias.
Fora os condomínios particulares, os arredores da UNESP de Bauru e as Avenidas Rodrigues Alves e Nações Norte são as únicas localizações da cidade que possuem ciclovias. Porém são de curta extensão e desconectadas.
A cidade, contudo, ganhou uma ciclorrota na Rua Aviador Gomes Ribeiro e, de acordo com a Emdurb, já esta acontecendo à implantação de novas ciclorrotas nas ruas José Fernandes e Agenor Meira, a partir da Avenida Comendador José da Silva Martha até a Rua Marcondes Salgado.
Diferentemente das ciclovias, as ciclorrotas não possuem uma delimitação marcada para diferenciar o espaço dos ciclistas e o espaço dos demais veículos.  Possuem apenas uma sinalização que serve para orientar tanto os ciclistas como os motoristas.
A Emdurb afirmou que a repercussão da implantação das ciclorrotas na Rua Aviador Gomes Ribeiro foi positiva. Ainda assim, muitos ciclistas sofrem com a falta de espaço destinado às bicicletas.
O estudante de Comunicação Social – Jornalismo da UNESP de Bauru, Victor Oliveira, que utiliza sua bicicleta na cidade, confirma sentir algumas dificuldades. “Tem muitos buracos na calçada, então eu tenho que andar pela rua. As ciclovias que têm aqui são mal demarcadas”, comenta o estudante.
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O Movimento Ciclovia BAURU disse existir, por parte do atual governo municipal, uma proposta constante de implantação de uma malha cicloviária em Bauru.  
Afirmou também que “no governo passado só existiu um projeto de ciclovia na Rua Aviador Gomes que não foi para frente. No atual ainda não ocorreu nenhuma providência”
Ao ser questionada sobre a falta de ciclovias em Bauru, a Secretaria de Planejamentos da cidade disse ser muito caro construir ciclovias em locais já ocupados.
A ciclovia da Avenida Rodrigues Alves, por exemplo, foi feita pelo Departamento de Estradas de Rodagem (D.E.R.), na época da duplicação do trecho.
A Secretaria também afirmou que está sendo elaborado um plano de mobilidade. Uma vez pronto, será mais fácil conseguir recursos e conectar as ciclovias da cidade para formar uma rota.

Ciclovia nos arredores da UNESP (Foto: Beatriz Bethlem)

Uma petição pública, para ser entregue às autoridades municipais de Bauru, foi elaborada pelo Movimento Ciclovia BAURU. Para assinar, basta entrar no link: http://www.peticaopublica.com.br/psign.aspx?pi=BR94662
Edição: Mariane Arantes

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